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Miami, o novo Vale do Silício: imersão internacional OnlineApp

Quando falamos de polos de inovação obviamente pensamos no Vale do Silício. Mas sabia que isso pode mudar? Muitos especialistas já apostam que Miami pode estar a alguns passos de se tornar ainda mais notória nas áreas de inovação e empreendedorismo que a região da Califórnia. Será que Miami pode se tornar o novo Vale do Silício?


Em busca de novas oportunidades e insights, o time da Online Applications voou até Miami em fevereiro de 2023. A missão foi de Gonzalo Ferreyra (CRO) e Luiz Carlos Fernandes (Head de Projetos Internacionais), ambos representantes internacionais da nossa empresa.


Por isso, convidamos Gonzalo e Luiz para uma entrevista exclusiva para o nosso blog. Eles nos contaram detalhes da imersão que participaram, além de trazerem novidades e apostas para o mercado americano em 2023. Continue lendo para conferir o conteúdo na íntegra!

Qual foi o propósito da imersão internacional que vocês participaram?


Gonzalo: “Participei de um curso da Startse que possui dois objetivos. Primeiramente entender as inovações que estão acontecendo no mundo, do ponto de vista da transformação digital, o que foi uma experiência fantástica onde tivemos vários insights para abrir a cabeça e pensar fora da caixa. E segundo lugar, entender como empresas brasileiras podem se internacionalizar.


Durante o curso aprendemos mais sobre o momento que está os Estados Unidos, e também sobre Miami. De alguma forma, estão em um momento de troca de eixo: Miami está se posicionando nos EUA como um novo Vale do Silício. Foi uma oportunidade fantástica de crescimento e networking, porque as pessoas brasileiras que participaram do curso também são de empresas que estão no momento de expansão internacional e que possuem processos de inovação.


Eu e Luiz aproveitamos também, obviamente, para visitar nossos clientes que tem operações nos Estados Unidos. Além de conversarmos com alguns prospects visando nossas operações internacionais.


O que vocês viram lá fora que podemos trazer para o cenário brasileiro? Viram alguma tendência que pode se repetir aqui no Brasil?


Gonzalo: Uma tendência que pode chegar no Brasil é a questão do Smart Contract. São contratos que são automaticamente executados, algo que vem um pouco da transformação digital e das soluções de Blockchain mais avançadas. É uma aposta grande para o mercado brasileiro.


Luiz: Podemos falar também do ChatGPT, ouvimos bastante sobre ele na viagem.


Gonzalo: Sem dúvidas, inclusive nós utilizamos o ChatGPT no curso da Startse. Cada vez que um palestrante vinha conversar sobre algum tema, nós sempre perguntávamos para o ChatGPT mais informações sobre ele. Foi fantástico porque em pelo menos 90% dos casos a ferramenta era bem assertiva. Realmente, o ChatGPT é um ótimo concorrente para o Google.


Como é o mercado americano voltado para os negócios?


Luiz: Quando vamos a trabalho e olhando os Estados Unidos como um mercado corporativo, é um choque de realidade ver o tamanho do mercado e as milhares de oportunidades que existem lá.

Fomos facilmente recebidos por possíveis clientes. 


A cultura americana tem isso, eles gostam de ter oportunidades e por isso os empreendedores abrem suas agendas para conhecerem projetos de outras empresas. Eles reservam 30 minutos para cada pitch, onde as empresas explicam como podem ser interessantes para eles. Diferente do Brasil, onde para conseguir uma apresentação é preciso conhecer pessoas chave dentro das empresas. É algo bem impactante, é realmente o paraíso dos empreendedores.

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Como o empreendedor brasileiro é visto lá fora?

Luiz: Acho que eles lembram muito do Brasil por conta da questão dos impostos e burocracia. Isso é um belo recado para o governo brasileiro, pensar em rever a forma como funciona nossa carga tributária.

 

Gonzalo: Além disso, o americano é muito pragmático, eles têm uma forma diferente de perceber seu tempo e esforço. O americano, de forma geral, é muito esforçado e focado para trabalhar. O tempo é dinheiro, por isso a produtividade é alta. Se o brasileiro se encaixar nessa mentalidade, ele é muito bem-vindo. É um país bem aberto.

 

Luiz: Os americanos não estão ligando se você é brasileiro ou argentino, não sentimos essa diferença lá. Ele quer saber se o que você está apresentando é inovador e faz sentido para o negócio dele. Inclusive, das 10 reuniões que fizemos, 7 foram em espanhol, 2 em português e 1 foi em inglês. Miami é quase a capital da América Latina. Muitos deles são filhos de latinos que imigraram para a os EUA, por isso falam os dois idiomas.

 

Gonzalo: Exatamente, nós interagimos fundamentalmente com latinos em Miami. Além disso, em uma das palestras aprendi sobre a questão do visto: para o governo americano, se você pagar mais Imposto de Renda do que a média dos americanos, você é muito bem-vindo, não importa de onde você é. A pergunta que está por trás é: você vai agregar para o meu país? Existem muitos brasileiros nos EUA por serem especialistas em certos temas.

 

Qual foi o projeto mais interessante que vocês conheceram? Quais locais vocês visitaram?

 

Gonzalo: Eu conheci vários lugares durante o curso da Startse, foi bem interessante já que todos os dias eram locais diferentes. O que eu destaco foi o The Lab, o primeiro ecossistema de inovação que aconteceu em Miami, que podemos considerar o marco zero do empreendedorismo e inovação da cidade. Os ambientes do The Lab estão sempre inacabados, sempre se reinventando. Um outro local que visitamos foi a Bauduco e é interessante ver uma empresa brasileira que faz sucesso lá.

 

Além disso, foi interessante conhecer o bairro Brickell. É lá que o burburinho de inovação está acontecendo, você sente a inovação. Os prédios, as pessoas, você percebe o empreendedorismo que está crescendo lá. Miami promoveu uma migração interna dentro dos Estados Unidos, então temos muitos empreendedores e startups mudando para a cidade. Por um lado, isso acontece pelos impostos e também pelo empreendedorismo que está acontecendo lá. É um concorrente forte para o Vale do Silício.

 

Um projeto interessante que se fala muito por lá é o Metaverso, ele está sendo muito trabalhado nos EUA. Inclusive, em Miami as criptomoedas são de uso corrente, você consegue pagar contas com elas. Até o prefeito recebe o seu salário em criptos.

 

O que o mercado americano espera de 2023?

 

Gonzalo: Acho que uma das coisas que estão comentando bastante é a questão dos ecossistemas de negócios voltados para o B2B. É algo que sentimos lá, Miami é um hub de negócios logísticos pela quantidade de depósitos e armazéns que a cidade possui. A logística tem muita conexão com a América Latina. O que é um pouco parecido com a Online Applications, os ecossistemas de negócio que estamos desenvolvendo.

 

Qual foi a principal surpresa que vocês tiveram na imersão?

 

Luiz: Para mim, o melhor de tudo foi a receptividade. Três semanas antes da viagem começamos a conversar com empreendedores de lá e desde o primeiro contato já tivemos respostas positivas. Eles realmente estão de portas abertas quando o assunto é inovação e para pessoas que tem essa forma de trabalhar americana.

 

Gonzalo: É isso mesmo. Todo mundo sabe que o mercado americano é competitivo, mas não sabem que em Miami eles abrem as portas para o mercado latino-americano. Fomos muito bem recebidos e identificamos oportunidades para a Online Applications. Temos expectativas fortes para internacionalizar a empresa. O objetivo da nossa missão em Miami era criar caminhos, e voltamos com os caminhos claros”.

 

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